Adnor Pitanga

André Klotzel

Cláudio Costa Val

Lisiane Cohen

Roman Stulbach

Wagner Assis


WAGNER ASSIS
diretor de A caromante

Qual o seu envolvimento com Machado de Assis?
Machado faz parte da minha história da mesma forma como espero que faça parte da história de todos os alunos brasileiros. Ele entrou na minha vida com Dom Casmurro, ainda no inicio do segundo grau. Depois, com Memórias Póstumas, vi seu gênio com mais clareza. O tempo passou e ele continuou sendo uma leitura quase obrigatória de vez em quando. A gente se apaixona pelos escritores russos, franceses, espanhóis, mas nunca deixa de dar uma passada nos livros do Machado.

Dentre tantos textos possíveis, por que você optou por adaptar A cartomante? O que te atraiu nesse texto?
Um dos poucos finais trágicos de seus contos. Se não me engano, são mais dois outros que têm finais trágicos (não vou me lembrar agora, desculpe). De qualquer forma, eu queria uma história que pudesse ser vivenciada em sua essência nos dias atuais, mesmo que fosse uma adaptação. E a temática de A cartomante, do imponderável atravessando a nossa vida sem pedir licença, me atraiu muito inicialmente. Além disso, era um triângulo amoroso, dramaturgia clássica e viável se ser levada às telas.

O que norteou o trabalho de adaptação?
O filme nasceu como uma história de época, inicialmente. Depois, resolvemos trazer para os dias atuais. Como era uma adaptação livre, procuramos manter a essência do texto original, com a questão do imponderável, do destino. Mantivemos os personagens principais, as relações entre eles – Rita, Camilo e Vilela. E a atualização mais importante foi criar uma outra personagem a partir da figura da cartomante – mas é preciso ver o filme para saber mais detalhes!