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‘Luhli e Lucina’ na Revista do Cinema Brasileiro

By 05/10/2013abril 19th, 2022No Comments

Hoje, no programa Revista do Cinema Brasileiro, uma matéria sobre a produção do longa-metragem “Luli & Lucina”, produzido por Tela Brasilis, Dilúvio e Imagem-Tempo, com a co-produção do Canal Brasil. Abaixo release de divulgação do programa:Nesse sábado o Revista do Cinema Brasileiro vai levar você de volta ao passado com uma matéria especial do documentário “Luhli e Lucina”, uma talentosa dupla que já chegou a fazer mais de 800 composições, você se lembra delas?

Quando a Bossa Nova nasceu no Rio, não foi só na zona sul, como alegam todos os historiadores. Não era só a casa de Nara Leão que fervia o movimento. Na Tijuca, na casa de Luli (Rio de Janeiro, 19 de Junho de 1945), também se juntava a “ala oeste” da Bossa Nova: Luli, Aldir Blanc, Gonzaguinha e Sá, entre outros. Essa história está contada na música “Bossa Velha”. Lucina (Cuiabá, 25 de Dezembro de 1950) esteve como Lucelena, presente em vários festivais de música. No Festival Universitário de Música Popular com“Canção do entardecer” e “Jogo de viola”, com Edu Lobo. No IV Festival da Música Popular Brasileira na TV Record em 1968 com “O viandante” e “Cantoria”.

No III Festival Internacional da Canção Popular em 1968, com a música “Rua da Aurora”. esteve junto ao Grupo Manifesto, ganhador do Festival Internacional da Canção de 1967.No II Festival Internacional da Canção, em 1967, na TV Globo, ao lado do Grupo Manifesto, com Gracinha Leporace, Mariozinho Rocha, Fernando Leporace, Junaldo, Augusto César Pinheiro, José Renato Filho, Guarabyra e Guto Graça Melo, venceram o festival com a canção “Margarida”.

O grupo surgiu em 1965 e neste mesmo ano realizou na TV Continental (RJ) a série de programas semanais “O mundo é nosso”, levada ao ar nas tardes de sábado. Em uma das apresentações, recebeu na emissora as visitas de Nélson Motta, Elis Regina e Aloysio de Oliveira, então diretor artístico do selo Elenco da Philips, sendo, na oportunidade, contratado pela gravadora.

Desconhecidas pelo grande público, cabia muito mais a elas do que à Carlos Lyra a frase “todos cantam suas músicas mas não conhecem os autores”. Surgem Luli e Lucinha, no VII Festival Internacional da Canção, em 1972, na Rede Globo, com a música “Flor lilás”, com arranjos de Zé Rodrix. Com a classificação, gravou um compacto duplo que teve a participação de O Bando. Logo são lançadas na boate Pujol, ao lado dos Dzi Croquetes.

Com mais de 800 músicas compostas em parceria, quem mais gravou a dupla foi Ney Matogrosso – aqueles que têm o cuidado de, ao gostar de uma canção, procurar no disco quem foi que compôs, vai reparar que praticamente todos os discos do Ney possuem ao menos uma música de Luli e Lucina. É delas Fala, Bandoleiro, Coração Aprisionado, Êta Nóis, Bandoleiro, Bugre, Me Rói, Pedra de Rio e O Vira, entre tantos outros sucessos de Ney Matogrosso.

Foram também gravadas pelas Frenéticas, Nana Caymmi, Tetê e Alzira Espíndolla, Joyce, Rolando Boldrim e Wanderléa.

Nos anos 70, Luli e Lucina foram morar em um sítio em Mangaratiba – litoral do Rio. Lá viveram o sonho da vida comunitária, e ao lado do fotógrafo Luiz Fernando Borges da Fonseca criaram um estilo novo e límpido de composição, com uma variedade musical e qualidade literária únicas. Revolucionaram os conceitos sociais de uma época em que se falava muito em liberdade e amor livre, mas onde os conceitos morais preestabelecidos é que realmente viviam na cabeça da moçada. Foram as verdadeiras revolucionárias dos anos 70 – hoje são Amor Maduro transmutado em música…

Pioneiras assim como Antônio Adolfo, o primeiro artista independente brasileiro, produziram, gravaram e distribuíram seu primeiro disco Luli e Lucinha em 1979. Seguiram com Amor de Mulher – Yorimatã; Timbres Temperos; Porque sim porque não que as leva para uma turnê na Europa; Elis e Elas de releituras em homenagem a Elis Regina e um disco comemorativo de 25 anos de carreira.

A dupla se desmanchou em 1998, Lucina e Luli, agora Luhli, seguem carreira solo. Luhli com seu show “O Ney e eu”, com o repertório de suas composições, a maioria ao lado de Lucina, gravadas por Ney Matogrosso. Lucina lançou em 2009 o álbum “+ do que parece”, que traz parcerias parte de quase uma centena de composições inéditas com Zélia Duncan.

O Diretor Rafael Saar e o Produtor Eduardo Cantarino, falam sobre a realização desse documentário que será , sem duvida, uma viagem ao passado. Você não vai perder, vai?

SAB, 05 DE OUTUBRO, às 22h | É + muito + que Cinema

{ TV Brasil Canal 2, 18 NET, 116 SKY }